sábado, 4 de abril de 2009

Câmara de Pirambu debate XIX Culturarte


Comissão de sistematização apresenta bases do XIX Culturarte 2009 aos vereadores de Pirambu.


A sessão ordinária da Câmara Municipal de Pirambu da última terça-feira, 31 de março, teve em sua pauta como assunto principal um debate sobre os caminhos para construção do 19º Encontro Cultural de Pirambu – Culturarte, “o único que em Sergipe ainda não se deixou contaminar pela cultura de massa”, segundo a jornalista e cantora Martha Mari.


Dois dos representantes da Comissão de Sistematização, o biólogo Fábio Lira das Candeias Oliveira (Projeto Tamar) e a professora Maria do Carmo de Carvalho Bispo (CE José Amaral Lemos) fizeram a apresentação do resultado levantado nos grupos durante o 13º Seminário ‘Cultura e Meio Ambiente’, dentro da programação do 18º Culturarte, realizado no período de 19 a 21 de dezembro de 2008 no Clubinho da Tartaruga.


O resultado dos trabalhos em grupos foi sistematizado pela comissão em reuniões realizadas nos meses de dezembro de 2008, janeiro, fevereiro e março de 2009. Além de Fábio e Carminha, integraram a Comissão os professores Acácia Dias (Escola Municipal Mário Trindade Cruz), Agnaldo Silva (Organização Vereda da Cultura) e Claudomir Tavares (Jornal Tribuna da Praia) e o músico Luiz Teles (secretário municipal de cultura).


Através de slides os dois representantes da Comissão de Sistematização apresentaram o documento que reproduzimos abaixo na íntegra, a partir de propostas do XIII Seminário ‘Cultura e Meio Ambiente’, abrindo-se o debate em seguida, verificando-se a intenção de vereadores e da sociedade interagir cada vez mais com o mais importante evento da cultura popular no interior de Sergipe.


Grupo A – Institucionalização: Quem e Como?


1. Quem?


· Comissão Organizadora – constituída por VOLUNTÁRIOS ARTICULADORES que irão estabelecer parcerias junto aos diversos seguimentos ligados à cultura representação de poder público (Prefeitura, Câmara, secretarias municipais), sociedade civil (através de suas representações), ONG’s (tais como Fundação Pro-Tamar, colônia, sindicatos, etc), instituições (escolas, igrejas, associações, bancos).


2. Como?


· O Culturarte deve ser um resultado de uma CONSTRUÇÃO COLETIVA a partir da COMISSÃO


· Formas de continuidade das atividades ao longo do ano: ‘DESCENTRALIZAÇÃO das atividades do Culturarte’;


Grupo B – Conteúdos e Produtos


· Cultura popular sempre em foco das atividades;


· Preservar as raízes;


· Incentivar criação e permanência de grupos folclóricos mirins (manutenção da tradição);


· Foco na qualidade e não na quantidade (público, atividades, tradições, etc.).


· Seminários e Oficinas (transcrito do item D);


· Cortejo e apresentações de grupos folclóricos;


Grupo C – Dificuldades... como superar


· Diante da ausência de uma equipe para promover um trabalho contínuo, ...


· ... equipe de elaboração; ...


· Grupos de trabalho;


· Grupo de mediação junto ao poder público – executivo e legislativo


· Buscar novos parceiros institucionais;


· Envolver as escolas e entidades durante todo o ano;


· Acontecer durante a ‘alta estação’ (contemplado no item D)


Grupo D – Área de abrangência e período: onde e quando?


1. Área de abrangência:


· Grupos do Estado priorizando os grupos folclóricos do Leste Sergipano;


2. Onde?


· Clubinho da Tartaruga;


· Largo do Culturarte (espaço compreendido entre A Palhoça e a Casa Lotérica)


3. Quando?


· Indicativo: 05 a 08/11/2009)


· E a partir dos anos seguintes, sempre no primeiro final de semana de novembro


Justificativas:


1. As escolas ainda estão em atividade letiva


2. Dia da abertura é ‘Dia Nacional da Cultura e da Ciência’


‘Recrutamento’ (sensibilização) de Articuladores:


Fazer contatos ainda que em caráter informal e sugerir a este coletivo a viabilidade de inclusão de nomes.


1. Poder público


2. Sociedade civil


3. ONG’s


4. Instituições


Intervenções


Vários vereadores fizeram intervenções, dando provas da disposição de se somar aos preparativos que levarão a realização não só do XIX Encontro Cultural de Pirambu, mas de consolidá-lo como um evento onde o poder público possa ampliar sua participação, e a Câmara Municipal deve ser uma parceira neste sentido. Todos os vereadores se comprometeram na somação destes esforços, ilustradas nas falas de Juarez de Deus e Ivan Biriba (PMDB), José Raimundo Almeida e José Luiz de Andrade (DEM), Sandro José e Herinaldo de Carvalho (PT), Antônio Ferreira (PSB) e Cláudio Pinto (PDT). Ausente a sessão o vereador Sérgio Lima (PSB).


Num auditório repleto de lideranças populares e culturais, a sociedade pirambuense se manifestou através do músico Lula Teles (secretário municipal de cultura), José Maria de Oliveira (grupo folclórico Lariô da Tartaruga), José Salviano Machado Neto (ex-presidente da Colônia de Pescadores), José Carlos Lima (estudante) e Claudomir Tavares (professor). Todos eles testemunharam a importância do Culturarte como evento que já está incorporado como os maiores exemplares do patrimônio cultural de nosso município.


Abertura


Nas falas, principalmente dos vereadores, verificou-se que os parlamentares desconheciam o caráter do Encontro Cultural de Pirambu, acreditando eles que se tratava de um evento fechado do Projeto Tamar e da Petrobrás. O que nos surpreende é que pelo menos três dos oito vereadores presentes já haviam assistido em 2005, quando dos momentos que antecediam a realização do XV Culturarte, uma exposição através de slide, feito pela bióloga Dayse Rocha, coordenadora do evento desde 1993, onde o voluntariado buscava já naquele momento a sensibilização do poder público municipal. As imagens ao lado falam mais que mil palavras, testemunhando.


Quando em 2007, Período de Intervenção, estes mesmos ‘voluntários’ procuraram o Poder Legislativo, ouviu do então vereador Antônio Santana (PMDB) que “era um absurdo destinar R$ 30 mil para um evento como o Culturarte” (sic, sem comentários). Logo, esta não é a primeira vez que o evento é debatido na Câmara e desconhecer que ele é um evento aberto a comunidade soa até como, se nos permite, ignorância, memória fraca ou má fé de alguns.


Descentralização


O processo de descentralização que entendemos ele foi provocado pela sociedade que via a necessidade de se ampliar o debate, principalmente no que diz respeito a sua construção, que deve ser um processo permanente, contínuo, assim, a Comissão de Sistematização, cumpre seu papel nesta primeira fase. Inegável destacar a contribuição da bióloga Dayse Rocha ao longo destes últimos 16 Culturarte’s (ela assumiu a coordenação a partir de 1993, só não participando dos dois primeiros. A contribuição de Dayse reveste-se em incluí-a como uma das conquistas do evento que cresceu, consolidou-se e que, ao atingir a maioridade, era necessário o estabelecimento de uma reflexão. É por aí que deve ser mentido o debate, que acreditamos está tendo um caráter bastante profícuo.

Fonte: http://www.tribunadapraia.com/

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Deixe sua impressão!!! Obrigado!!!